Quem já passou por um posto de combustível pode ter visto uma opção diferente na hora de calibrar os pneus: o nitrogênio. Mas será que ele é melhor do que o ar comprimido comum? Vale a pena pagar a mais por essa escolha?
A resposta é: depende do uso que você faz do carro, da sua rotina e até do seu cuidado com a manutenção dos pneus. Neste artigo, vamos explicar as diferenças entre nitrogênio e ar comprimido, os benefícios e limitações de cada um e como escolher a melhor opção para o seu dia a dia.
A resposta é: depende do uso que você faz do carro, da sua rotina e, além disso, até do seu cuidado com a manutenção dos pneus. Neste artigo, vamos, primeiramente, explicar as diferenças entre nitrogênio e ar comprimido, em seguida, os benefícios e limitações de cada um, por fim, mostraremos como escolher a melhor opção para o seu dia a dia.
Por que calibrar os pneus é tão importante?
Antes de entrar na comparação, vale lembrar: andar com os pneus calibrados corretamente é essencial para a segurança, a economia e o desempenho do veículo.
Quando os pneus estão com a pressão baixa:
- o carro consome mais combustível
- os pneus se desgastam de forma irregular
- a direção fica mais pesada
- o risco de acidentes aumenta
Por isso, manter a pressão correta, seja com nitrogênio ou ar comprimido, já traz um ganho enorme para qualquer motorista.

Qual a diferença entre nitrogênio e ar comprimido?
Ar comprimido
O ar comprimido, utilizado em todo o mundo para inflar os pneus dos automóveis, é uma mistura de uma série de gases que se encontram presentes em nossa atmosfera, sendo os principais o Nitrogênio (N2) e o Oxigênio (O2). Ou seja, o ar já tem nitrogênio na sua composição. A diferença é que ele também contém oxigênio e umidade, que podem interferir na estabilidade da pressão com o tempo.
Nitrogênio puro
O nitrogênio usado na calibragem de pneus é filtrado e tem pureza acima de 90% ou 95%, com menos oxigênio e praticamente nenhuma umidade. Essa diferença muda o comportamento do pneu, especialmente em situações extremas, como na pista, em veículos pesados ou frotas de longa distância.
Vantagens do nitrogênio nos pneus
1. Menor variação de pressão com a temperatura
O nitrogênio, por sua vez, reage menos às variações de temperatura do que o ar comum. Como resultado, a pressão interna do pneu permanece mais estável, mesmo durante viagens longas ou nos dias mais quentes.
Esse é um dos principais motivos para o uso do nitrogênio em:
- carros de competição
- aviões
- caminhões de carga
- ônibus que rodam longas distâncias
2. Menos perdas de pressão com o tempo
O nitrogênio tem moléculas maiores do que o oxigênio. Por isso, ele demora mais para escapar pelos microporos da borracha, o que ajuda a manter a pressão por mais tempo.
Se você costuma esquecer de calibrar os pneus toda semana, o nitrogênio pode ajudar a minimizar os efeitos da pressão baixa.
3. Redução da oxidação interna do pneu
O oxigênio e a umidade presentes no ar comprimido, por sua vez, favorecem a oxidação de partes metálicas, como a roda e a estrutura interna do pneu. Em contrapartida, o nitrogênio, por ser seco e inerte, reduz esse risco, o que contribui para o aumento da vida útil dos pneus e das rodas.

E quais são as desvantagens do nitrogênio?
Apesar dos benefícios, o nitrogênio também tem alguns pontos que precisam ser considerados:
1. Custo
Enquanto a maioria dos postos oferece ar comprimido gratuitamente, o nitrogênio é um serviço pago, com valores entre R$ 5 e R$ 15 por pneu.
2. Disponibilidade
Não é todo posto ou borracharia que oferece calibragem com nitrogênio. Em uma emergência, por exemplo, você pode ter dificuldade para encontrar o serviço.
3. Manutenção ainda é necessária
Muita gente acha que o nitrogênio elimina a necessidade de calibrar os pneus, mas isso não é verdade, pois mesmo com o gás mais puro, os pneus ainda perdem pressão com o tempo, e a calibragem regular continua sendo essencial.
Então… qual escolher?
A melhor escolha depende do perfil de uso do carro:
Use nitrogênio se você:
- roda longas distâncias sem parar
- esquece de calibrar os pneus com frequência
- usa o carro para trabalho e não pode parar por causa de manutenção
- está disposto a pagar um pouco mais por mais estabilidade
Use ar comprimido se você:
- calibra os pneus toda semana (como recomendado)
- usa o carro em trajetos urbanos e curtos
- quer praticidade e economia
- está longe de um local que ofereça nitrogênio
O mais importante, independentemente do gás escolhido, é verificar a pressão semanalmente, com os pneus frios, e sempre seguir a recomendação do manual do veículo.
Em conclusão, nitrogênio e ar comprimido têm o mesmo objetivo: manter os pneus calibrados e o carro rodando com segurança. Por fim, para o motorista comum, calibrar com ar comprimido e manter a rotina de verificação já resolve boa parte dos problemas.