O carro do cliente chegou na oficina e a reclamação principal são trancos no câmbio, barulhos estranhos, altas rotações do motor sem desempenho ou dificuldade para subir uma ladeira? Esses sintomas podem indicar que o que o veículo precisa é de manutenção na transmissão automática. E, embora alguns serviços sejam simples de se realizar, é bem importante ficar de olho em alguns detalhes para evitar que o cliente retorne pra oficina com um novo problema.
Voltando algumas casas: o que é uma transmissão automática?
A transmissão automática é um componente que permite ao motorista não precisar fazer a troca de marcha durante a direção. A principal diferença entre uma transmissão manual e automática é que, em um sistema manual, a embreagem é usada para engatar e desengatar as marchas. Já em um sistema automático, o câmbio faz a troca das marchas sem nenhum trabalho do motorista. E o que vai definir a hora de trocar a marcha é uma tecnologia que analisa o giro do motor e a posição do pé no acelerador, entre outros.
Sendo assim, os sinais de que algo não vai bem com a transmissão automática acabam sendo bem diferentes do que acontece quando o câmbio manual precisa de manutenção. E os sintomas mais comuns são:
- Trancos no câmbio automático.
- Câmbio patinando.
- Superaquecimento.
- Barulhos.
- Mudanças bruscas.
- Luz no painel.
- Marchas arranhando.
- Dificuldades em ladeiras.
- Demora no fechamento do lock-up.
- Marchas escapando.
- Vazamentos.
A manutenção da transmissão é importantíssima pra manter o bom funcionamento do carro e inclusive para prevenir acidentes, mas ainda é comum que muitos mecânicos cometam erros que podem levar a problemas graves e até mesmo à necessidade de troca de todo o conjunto de transmissão. Confira os principais abaixo e fique ligado!
1 – Não trocar o fluido da transmissão automática
Um dos erros mais comuns na manutenção de uma transmissão automática é não trocar o fluido da transmissão, já que ele é o responsável por lubrificar as engrenagens e garantir que a transmissão funcione corretamente. Se não for feita a manutenção no tempo correto, o fluido pode se contaminar com partículas metálicas e outros detritos, levando a problemas como desgaste prematuro da transmissão e falhas na troca de marchas.
Para evitar esse problema, é importante seguir as recomendações do fabricante em relação à troca do fluido da transmissão. Devido a diversidade de transmissões e variações de aplicações das mesmas, a troca de óleo é específica para cada momento, é sempre bom seguir o manual da montadora.
Ficou na dúvida de qual é o fluido correto para o carro em que você está mexendo? Não precisa ter vergonha: confira o que o fabricante diz consultando o manual do veículo.
2 – Não verificar o nível do fluido da transmissão automática
Outro erro comum é não verificar o nível do fluido da transmissão. O nível do fluido deve ser verificado regularmente para garantir que a transmissão esteja funcionando corretamente. Se o nível do fluido estiver baixo, a transmissão pode superaquecer e falhar.
Para verificar o nível do fluido da transmissão, siga as instruções do fabricante. Em geral, é necessário ligar o motor e deixá-lo funcionando em marcha lenta por alguns minutos antes de verificar o nível do fluido.
A partir do momento em que você conseguir checar o nível, complete com a quantidade necessária ou esgote completamente, se for o caso, fazendo a troca completa pelo fluido indicado pelo fabricante, como já comentamos no item 1.
3 – Usar o fluido errado
Não é só questão de não seguir o que manda o fabricante: usar o fluido errado na transmissão também pode levar a problemas graves. Cada tipo de transmissão requer um tipo específico de fluido, e usar um produto inadequado pode levar a problemas como desgaste prematuro da transmissão e falhas na troca de marchas.
Para evitar esse problema, você já sabe, né? É olhar o manual e conferir qual o fluido recomendado para a transmissão em que você está fazendo a manutenção.
4 – Não substituir o filtro da transmissão
O filtro da transmissão é responsável por filtrar as impurezas presentes no fluido. Com o tempo, o filtro pode ficar entupido e deixar passar impurezas para dentro da transmissão. Isso pode levar a problemas como desgaste prematuro e falhas na troca de marchas.
Para evitar esse problema, siga as recomendações do fabricante em relação à substituição do filtro da transmissão.
A troca do filtro também ajuda a reduzir a saturação e melhorar a eficiência da circulação do óleo, aumentando a vida útil dos componentes ao reduzir o desgaste.
5 – Não verificar se há vazamentos
Por fim, é importante verificar regularmente se há vazamentos na transmissão. Como eles podem levar à perda de fluido da transmissão e superaquecimento da mesma.
Para verificar se há vazamentos na transmissão, cheque regularmente se há manchas de óleo sob o veículo ou se há baixa no nível do fluido da transmissão. Se for possível checar, é importante ver se a cor do fluido no reservatório mudou ou se há trancos, solavancos ou marchas patinando no momento da troca.
Como realizar uma boa manutenção de transmissão automática
Além de se atentar para não cometer nenhum dos cinco erros acima, é importante que você se atualize sobre os procedimentos de manutenção, além de estar por dentro das novas tecnologias de cada componente. Para isso, existem cursos que auxiliam você, mecânico, trazendo o que há de mais novo para a manutenção de cada parte do carro.
Conclusão
A manutenção de uma transmissão automática é essencial para garantir o bom funcionamento do veículo. Para evitar problemas graves e até mesmo a necessidade de substituição da transmissão, é importante seguir as recomendações do fabricante em relação à troca do fluido da transmissão, verificação do nível do fluido, uso do fluido correto, substituição do filtro da transmissão e verificação de vazamentos.
Além disso, manter-se atualizado para saber como trabalhar com novas tecnologias e modelos de carros é importantíssimo.
